Quando o genial Carl Barks (1901-2000) criou o Tio Patinhas no verão
de 1947, ele era apenas um parente distante e avarento do Donald,
razoavelmente rico e extremamente ranzinza - uma paródia de Ebenezer Scrooge,
o insuportável muquirana de Um Conto de Natal, de Charles Dickens
(1812-1870).
Foi no transcorrer dos anos que Barks começou a elaborar a
personalidade do magnata, delineando os traços que viriam a consolidá-lo como
uma das mais populares figuras do universo dos quadrinhos.
Incorrigível sovina, mas sujeito a repentinos atos de generosidade,
Patinhas enriqueceu à custa do trabalho e não hesita em se aventurar pelo
planeta (e até fora dele) para ampliar sua riqueza.
Essa imensa fortuna está guardada em um edifício gigantesco da altura
de um prédio de doze andares e começou a ser acumulada a partir de uma moeda
de 10 cents de dólar, que Patinhas recebeu como primeiro pagamento, quando,
ainda menino, trabalhava como engraxate na Escócia. Como era uma moeda
americana, ou seja, nada valia em sua terra natal, o pato então a guardou e a
usou como inspiração para fazer fortuna em outros países.
Foi em histórias posteriores, feitas por outros autores, que se
introduziu o conceito de que a moeda trazia boa sorte para seu dono. Em
algumas tramas, por exemplo, o Tio Patinhas começa a perder dinheiro quando
ela não está mais em seu poder.
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Durantes anos, a Maga tentou de tudo para pôr as mãos na moeda Número
Um - sem nunca atingir seu objetivo. A obsessão da bruxa é tão grande que chega
às raias da paranoia.
Mas será mesmo que o dinheiro do tio viraria pó se a primeira moedinha
desaparecesse? Barks e seu seguidor, o escritor e desenhista Don Rosa,
preferiam não apostar nisso, já que o trabalho duro e a perseverança, e não a
sorte fez de Patinhas o pato mais rico do mundo.
Por outro lado, eliminar o efeito místico do Número Um das HQs Disney
seria o mesmo que apagar Krypton do passado do Superman. Ela faz parte da
cultura popular, a ponto de ser citada na letra da música Superbacana, de
Caetano Veloso, gravada em 1967.
Todos nós temos a moeda número 1 da nossa vida. Aquilo em torno do que
você construiu tudo. Tenha em mente que o que você tem de mais importante e
valioso é a sua moeda número 1.
Faça como o Patinhas, não foque no que você possui ou construiu, mas
na sua moeda número 1. Ela é seu talismã, o resto você conquista de novo.
Guarde sua moeda número 1 em um lugar separado de todo o resto. Para
sempre ter a sobriedade de distinguir o que é causa do que é consequência.
Para não ter medo de perder o que tem. Para não pensar duas vezes em qual
caminho seguir.
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